quarta-feira, 20 de junho de 2012

Opinião C&M ... Metrofor

Metrofor
Início das operações assistidas

O primeiro dia da operação assistida do Metrô de Fortaleza (Metrofor) levou a duas certezas: o serviço ofertado agradou muito aos usuários e há a necessidade urgente de campanhas de conscientização e fiscalização mais rigorosa contra vandalismo nos trechos onde os trens passam muito perto de comunidades.


No segundo caso, a depredação dos vagões com pedradas nos vidros das janelas e a facilidade com que as pessoas atravessam a linha férrea nos pontos onde não há muro de proteção alertam a administração do Metrofor para ações imediatas a fim de coibir tais práticas.

Em alguns pontos da linha (como na foto acima), as composições trafegam próximo de comunidades e não há muros ou proteções separando-os, facilitando assim ações de vandalismo contra os trens.

De acordo com o assessor da presidência do órgão, Fernando Mota, em nenhuma hipótese a pessoa pode (deveria) atravessar a linha do trem, que possui seis mil volts de potência. No entanto, na comunidade do Coqueiral, como a passagem subterrânea estava cheia d´água devido à chuva registrada na manhã de ontem, obstruindo a travessia, mesmo alertados sobre o perigo, estudantes subiram na mureta entre a rua e a linha e, sem medo, corriam de um lado para o outro com a maior naturalidade.





"Eles não ouvem ninguém", avisou a dona de casa, Ozilene Coelho. Ela mora bem próximo ao trilho e conta que o comportamento existe desde a época do "antigo trem". "Além disso, a falta de iluminação na passagem subterrânea facilita a ação dos bandidos, que, dia desses, quase matam um rapaz a pedradas", narra Ozilene.


"Se não fizerem alguma coisa por aqui, todo trem que passar vai levar pedrada", chama atenção a operadora de produção, Eliane Siqueira. Para ela, somente uma campanha permanente nas comunidades próximas aos trilhos, poderá surtir efeito no futuro.

Elogios

Problemas à parte, quem viajou nos trens que fizeram o percurso entre as estações Parangaba e Carlito Benevides, em Pacatuba, das 8h ao meio-dia de ontem, era só elogios ao novo meio de transporte.

Apesar dos problemas, os passageiros aprovaram o novo meio de transporte, que tem capacidade para 450 pessoas por viagem Fotos: José Leomar.

Até outubro/2012, o trajeto será gratuito e terá duas composições, cada uma com três vagões e capacidade para 450 pessoas por viagem. A novidade levou muita gente a visitar as 11 estações do trecho. Com isso, todas as viagens foram feitas com os trens lotados.


Mesmo em pé, a garçonete Tatiana do Amaral destacou a rapidez - o percurso Fortaleza/Pacatuba é feito em 25 minutos - e o conforto da travessia: "É excelente, não tenho palavras para mais elogios", disse.

Mapa do Sistema ... Operação Assitida funciona entre as estações Parangaba (Fortaleza) e Carlitos Benevides (Pacatuba).

Segundo Fernando Mota, alguns problemas, como o vandalismo, são observados durante a fase de testes. "A primeira avaliação é das mais positivas, mas teremos um caminho a percorrer na busca da melhoria e perfeição no transporte público de massa como o metrô", destaca.


Para a Linha Sul foram adquiridos 20 modernos TUE’s (3 carros cada) da marca Elettrotreno ETR 200 Metrostar, fabricados pela italiana AnsaldoBreda.

Crédito: Por Lêda Gongalves / Diário do Nordeste

[BLOG]: A população de Fortaleza aguardava com muita ansiedade o início das operações do metrô. Sou um árduo defensor do sistema BRT, mas como modal complementar e não como modal master de um sistema. O transporte sobre trilhos é fundamental para a mobilidade de metrópoles. É um fato inexorável. E as obras do metrô da capital cearense já vinham se arrastando por um bom tempo (de igual modo ao metrô soteropolitano). Mas a Linha Sul de Fortaleza está, finalmente, entrando em operação, com mobiliário bacana e composições modernas e bonitas. O tempo de deslocamento no trecho compreendido diminuiu bastante e agradou (e muito!) a grande maioria dos usuários. O que me esntristece, como sempre, é o crescente índice de vandalismo gratuíto que está se espalhando pelo país. E infelizmente, Fortaleza não foge à regra. Com relação às pedradas nas composições, isso é fácil de resolver. Trata-se (na maioria absoluta) de brincadeira de crianças que não possuem maturidade para perceber que tal traquinagem pode ser perigosa para as pessoas no interior dos trens. Muito perigoso, diga-se de passagem. Uma pedra, conjuntamente com a velocidade da composição pode ser mortal para lguma pessoa que por infortúnio do destino vir à ser atingida no interior dos trens. Isso é resolvido com presença e campanhas de conscientização de crianças e pais. Agora, quando falamos de acessibilidade, a coisa muda de figura. Para as pessoas não atravessarem as linhas, entre as comunidades, é necessário disponibilizar passagens ou passarelas, mas, contudo, vias com boas condições. Não adianta chegar no trecho, construir uma passagem subterrânea e com as chuvas a passagem inundar-se e ficar intransponível (como dito na reportagem). As pessoas precisam ir e vir, e infelizmente as linhas serão os únicos acessos. É o que sempre defendo: Se for para fazer algo, faça direito, com profissionalismo e que fique bom para ambas as partes! E que história é essa de trecho sem muros ou divisórias? Com uma energia de 6.000 volts e composições de toneladas circulando, é fato que o trecho operacional seja todo segregado! E para finalizar, o vandalismo adulto é ridículo. Se há revolta, ou vontade de destruir bens públicos, é bom lembrar que o termo público é traduzido no bem da palavra como: Para todos! O que essa galera com idéias destrutivas precisa é direcionar suas raiva para os que realmente merecem a raiva: Nossos políticos corruptos e ineficazes. O povo não precisa sofrer mais que o necessário. Um moderno sistema metroviário desses é para se orgulhar!

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